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Setembro 2024
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Mesbla, Mappin, Arapuã e Jumbo Eletro:
o que aconteceu com as grandes
lojas que bombaram nos anos 80
A revista EXAME separou cinco grandes lojas
que bombaram nos anos 1980 e te conta o que aconteceu com
cada uma delas
No século 20, com destaque para os anos 1970 e 1980, numa
época sem computador para fazer a compra com poucos cliques,
ir até uma grande loja de departamentos - as famosas
magazines - era quase como um evento especial. Muitas
famílias iam juntas para visitar os corredores e descobrir
os produtos dos momentos em gigantes como Mesbla, Mappin,
Arapuã e Jumbo Eletro. Os fenômenos de 40 anos atrás, porém,
perderam força com o passar dos anos. Muitas passaram por
crises por um desequlíbrio financeiro e de entendimento do
setor e fecharam as portas. Outras voltaram, recentemente,
com operações online e tentando reviver as marcas. A EXAME
separou cinco grandes lojas que bombaram nas últimas décadas
do século passado e te conta o que aconteceu com cada uma
delas. Boa volta ao tempo! E boas compras.
Mesbla
Não tem como falar de lojas de departamento dos anos 1980
sem citar a Mesbla, a líder do mercado por décadas.
Inaugurada em 1912 no Rio de Janeiro, a rede foi, pelo menos
nas primeiras décadas do século passado, a maior varejista
do país. No seu auge, por volta dos anos 1980, chegou a ter
180 pontos de venda e depósitos pelo país, com lojas
icônicas e enormes em vários Estados, como São Paulo, Rio
Grande do Sul e, claro, Rio de Janeiro. Nas unidades, era
comum ouvir os funcionários dizerem que por lá, vendiam
quase tudo. “Só não vendemos caixão”, brincavam. Tinha
eletrodomésticos, roupas, máquinas e roupas de cama. Em
1986, foi eleita a empresa do ano pela EXAME.
No início dos anos 1990, porém, a popularização de
varejistas especializadas, que vendiam produtos mais
nichados, fez com que o setor de grandes magazines
estremecesse. A entrada de shoppings centers pelo país
também colaboraram para a crise da empresa. Soma-se isso a
uma hiperinflação no final dos anos 1980, que fez com que
muitas empresas aumentassem seus estoques de produtos, o que
escalou as dívidas. Em 1995, a Mesbla entrou em concordata,
que era o instrumento de recuperação existente à época, hoje
atualizado para recuperação judicial. Na época, o processo
envolveu 930 milhões de reais em dívidas com o fisco,
Estados, União e com quase 2.000 fornecedores. O processo
durou dois anos. Em 1997, foi vendida ao empresário Ricardo
Mansur, que tentou dar sobrevida à empresa, focando na queda
dos preços e focando em classes mais baixas. Mas não deu
certo. A empresa faliu em 1999. Por volta dos anos 2010, foi
ensaiada uma retomada da marca via lojas online, mas o
projeto não andou adiante. Em 2022, os empresários Marcel
Jeronimo e Ricardo Viana investiram em torno de 500 mil
reais para reativarem o site da empesa. Hoje, a Mesbla
funciona como um marketplace na internet.
Mappin
Um ano depois da Mesbla nascer no Rio de Janeiro, nascia em
São Paulo sua principal concorrente, a Mappin. A marca virou
uma referência no varejo brasileiro durante praticamente
todo o século 20 e trouxe várias novidades para o mercado
brasileiro. Foi dela, por exemplo, as primeiras lojas com
vitrines de vidro na fachada. Assim como a Mesbla, ficou
conhecida por suas lojas icônicas. A maior delas foi
inaugurada em 1939 na Praça Ramos de Azevedo, na capital
paulista. Nos anos 1940 foi vendida para o empresário
Alberto Alves Filho, que transformou a loja. Até então
vendendo apenas produtos importados, passou a comercializar
também itens nacionais, criar crediários e se popularizar.
Nos anos 1980, chegou ao seu auge, chegando a ultrapassar,
inclusive, concorrentes como a Mesbla. Em 1983, foi
reconhecida como uma das principais empresas de varejo da
década pela EXAME.
Os problemas financeiros, porém, seguiram um ritmo parecido
ao da rival. No início dos anos 1990, a empresa comprou a
Sears, outra importante rede da época. O crescimento, porém,
maior do que esperado, produziu um descontrole contábil
interno. Em 1995, alegou um prejuízo de quase 20 milhões de
reais. Em 1996, a empresa foi vendida para o empresário
Ricardo Mansur, que viria a comprar, no ano seguinte, também
a Mesbla. O executivo trabalhou para transformar o modelo de
negócio da empresa em franquia, mas não deu certo. A empresa
entrou em falência em 1999. Em 2010, a Rede Marabraz
adquiriu, em leilão público, os direitos para usar a marca
Mappin por 5 milhões de reais. A partir daí, lançou um
e-commerce, que funciona até hoje.
Arapuã
Outra loja que bombava muito nos anos 1970 e 1980 era a
Lojas Arapuã, uma das maiores redes de varejo do país. A
empresa chegou a ter mais de 220 lojas espalhadas pelo
Brasil, vendendo, majoritariamente, eletrodomésticos. Em
1996, quando outras varejistas já enfrentavam crises, a
Arapuã chegou a bater um faturamento bilionário de 2,2
bilhões de reais, conforme noticiou a EXAME na época. O
lucro líquido atingiu 119 milhões de reais. O negócio,
porém, sofria de um dos males que até hoje acometem as
grandes empresas de varejo: a alta inadimplência de vendas a
prazo. Com isso, as dívidas chegaram a ultrapassar 1 bilhão
de reais. Em 1998, a empresa entrou em concordata,
instrumento semelhante ao que é hoje a recuperação judicial.
A partir do acordo, tentou reestruturar o negócio,
aumentando o portfólio de produtos. Mas não conseguiu voltar
a se equilibrar economicamente. De lá para cá, entrou num
imbróglio judicial que se arrastou por 22 anos. Em julho de
2002, a Justiça decidiu em primeira instância decretar a
falência da Arapuã. A empresa reverteu a decisão até chegar
ao STJ em 2009. Lá, o Superior Tribunal de Justiça decidiu
por decretar a falência da empresa. Mas entre a decisão e a
promulgação do acórdão, a Arapuã entrou em recuperação
judicial. Credores recorreram e o STJ voltou a julgar o caso
somente em 2020, quando decretou, novamente, a falência da
empresa.
Ultralar
Ultralar nasceu em 1956 como um braço da Empresa
Brasileira de Gás a Domicílio - que depois se chamou
Ultragás, uma das principais distribuidoras de gás do país.
A ideia inicial da loja era vender fogões a gás e incentivar
esse tipo de produto no Brasil, para valorizar, por vez, a
venda de botijões. A operação ganhou escala e passou a
vender outros tipos de produto, se tornando uma das
principais varejistas do país, listada em Bolsa. O
crescimento foi tanto que, em 1974, a empresa abriu seu
primeiro hipermercado, o Ultracenter Ultralar, depois
vendido ao Carrefour. Ns anos 1990, por uma reestruturação
de negócio, o grupo Ultra passou a vender os negócios que
não tinham relação com a operação principal, de venda e
distribuição de gás. Com isso, a Ultralar foi vendida ao
Grupo Susa Vendex (que juntava o conglomerado nacional
Victor Malzoni com o holandês Vendex), que também controlava
as lojas Sandiz e a Sears. Depois, também foi vendida ao
empresário Paulo dos Santos. No final dos anos 1990, a
empresa passou a enfrentar concorrência de lojas
especializadas e não conseguiu se modernizar. Sem espaço no
mercado, encerrou suas atividades em 2000 e teve seus então
17 pontos de venda comprados pela Casas Bahia.
Jumbo Eletro e Eletroradiobraz
Outra varejista de sucesso na década passada era a
Eletroradiobraz, que nasceu nos anos 1940 no Brás, em São
Paulo. Ela começou consertando rádios e pequenos
eletrodomésticos, mas com o passar do tempo, passou a vender
novos produtos. Com isso, abriu, no mesmo endereço, uma
enorme loja de departamentos de sete andares, no mesmo
endereço em que consertava rádios. Nos anos seguintes,
resolveu apostar, também, no ramo de supermercados. Em 1971,
abriu seu primeiro hipermercado na bairro da Água Branca, em
São Paulo. Cinco anos depois, enfrentando problemas
administrativos e financeiros, vendeu as operações para o
Grupo Pão de Açúcar. Com isso, os supermercados da
Eletroradiobraz viraram Pão de Açúcar e, os hipermercados,
Jumbo Eletro. Alguns anos depois, a companhia resolveu mudar
o nome da empresa, e a Jumbo Eletro virou Extra. Em 2021, a
empresa resolveu sair do setor de hipermercados, e as 71
lojas do Extra foram vendidas para o Assaí.
Fonte: https://exame.com/negocios/mesbla-mappin-arapua-e-jumbo-eletro-o-que-aconteceu-com-as-grandes-lojas-que-bombaram-nos-anos-80/
Está dominado! Conheça 8 lugares tomados
por cobras, coelhos, porcos e mais.
Gatos na ilha de Aoshima, no Japão: um dos lugares
"invadidos" por animais
Embora o ser humano seja a espécie que
domina quase todos os cantos do mundo, em alguns raros
locais, outros animais ainda reinam como únicos habitantes
ou então são os protagonistas do ambiente, destacando-se por
serem a maioria. No estado de São Paulo, por exemplo, é
possível imaginar que haja algum lugar em que os homens não
entrem e o espaço seja dominado por cobras? Pois, bem! Isso
existe e esse local é a Ilha da Queimada Grande, conhecida
como Ilha das Cobras.
A pequena ilha rochosa, com território de 43 hectares, é
ocupada por 15 mil serpentes. O local é de difícil acesso, a
35 quilômetros do litoral de São Paulo. É a segunda maior
concentração de cobras por área no mundo, perdendo apenas
para a Ilha de Shedao, na China.
Este território é habitado, principalmente, pelas jararacas
ilhoas (Bothrops insularis) cujo veneno é altamente tóxico —
uma picada pode matar uma pessoa em apenas seis horas.
Devido aos riscos, o desembarque de turistas é proibido,
apenas profissionais da área ambiental estão autorizados. A
área é uma Unidade de Conservação Federal. Engana-se quem
pensa que ter uma ilha "dominada" por bichos é "privilégio"
do Brasil. Diversas ilhas espalhadas pelo mundo têm os
animais como seus principais habitantes.
Veja mais sete locais dominados
pelos bichos:
lha dos coelhos, no Japão Coelhos na ilha
de Okunoshima, no Japão
Ilha dos coelhos, no Japão.
Okunoshima é uma pequena ilha japonesa próxima à Hiroshima,
com pouco mais de 4 km de extensão. Batizada de "Ilha dos
Coelhos", o lugar é dominado por esses animais fofos e
peludos. Estima-se que na ilha haja cerca de mil coelhos. No
início do século 20, o local era usado como base para o
exército trabalhar com a produção de gases letais usados
durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, depois que a
missão foi finalizada, a ilha foi esvaziada. Devido aos
resquícios de gases ainda presentes no local, passou a ser
evitada pelas pessoas. Hoje, o local é dominado pelos
coelhos. Sem predadores naturais no local, eles se
reproduzem em grande quantidade.
Coelho selvagem na ilha de Okunoshima, no Japão.
Segundo os japoneses, os primeiros orelhudos foram levados
para a ilha para serem cobaias nos testes feitos pelo
exército. Após a saída dos militares do local, os animais
que sobreviveram foram deixados lá e passaram a se
multiplicar. Atualmente há centenas deles. Os coelhos são
selvagens, mas já se acostumaram com a presença humana. Isso
porque o grande número de animais na ilha passou a atrair
turistas.
Ilha dos gatos, no Japão
Gatos se aglomeram em torno de
moradora da ilha de Aoshima, no Japão
Na ilha de Aoshima, situada no oceano
Pacífico, ao sul do Japão, existem mais gatos do que seres
humanos morando no local, o que fez com que o lugar ganhasse
o nome de "ilha dos gatos". Lá vivem 15 pessoas e,
aproximadamente, 200 gatos. Os japoneses relatam que os
primeiros gatos chegaram à ilha por pescadores para que eles
acabassem com os ratos que infestavam barcos pesqueiros. Com
o passar das décadas, porém, a economia da ilha não evoluiu
e muita gente abandonou o lugar para tentar uma vida melhor
em outros pontos do Japão. Assim, os gatos se reproduziram e
passaram a dominar o local, tornando-se os principais
moradores da ilha.
Gatos na ilha de Aoshima, no Japão
O domínio felino na ilha, segundo os
japoneses, estaria com os dias contados. Isso porque a
imprensa local garante que, em 2018, foi realizada uma
campanha de castração dos gatos da ilha. O motivo seria
porque a população local está idosa e não consegue mais
cuidar e alimentar os animais.
Ilha dos gatos, no Brasil
Ilha Furtada, conhecida como Ilha dos Gatos
No Brasil, a Ilha Furtada, localizada em
Mangaratiba, município da Costa Verde, no estado do Rio de
Janeiro, também é conhecida como Ilha dos Gatos, mas nesse
caso, dos gatos abandonados. Uma lenda local diz que, por
volta de 1950, uma família mudou-se para a ilha, distante 8
km do continente, e levou alguns gatos de estimação para
morarem lá. Porém, anos depois, a família teria se mudado e
abandonado os animais. Sem controle nenhum, os gatos
passaram a se reproduzir e, atualmente, estima-se que 750
felinos vivam sozinhos no local. Rotineiramente, voluntários
e ativistas da causa animal vão até a ilha para levar comida
e água para os animais. Além de casinhas e cobertores para o
inverno.
Santuário das Raposas, no Japão
Raposa da Vila Raposa de Zao, no Japão
Raposa da Vila Raposa de Zao, no Japão
Imagem: Getty Images/iStockphoto Ao contrário dos
anteriores, o Santuário das Raposas, também conhecido como
Vila Raposa de Zao, não fica localizado em uma ilha, mas na
província de Miyagi, no Japão. O centro é dedicado aos
cuidados com a espécie e é aberto para a visitação do
público. No local, é possível interagir e alimentar as
aproximadamente 100 raposas de seis diferentes raças, que
ficam soltas pela área. No santuário, a reprodução da
espécie é acompanhada e controlada por veterinários, que
também fazem atendimento a outras espécies de animais em um
hospital veterinário construído no interior do Santuário. Na
tradição japonesa, a raposa é considerada um ser sagrado,
mensageiras de Inari Okami, divindade da fertilidade e
prosperidade, por isso a espécie é bastante apreciada no
país.
Ilha dos Caranguejos, na Austrália
Caranguejos vermelhos em rodovia na Ilha
Christmas, na Austrália
Todos os anos, a ilha australiana
Christmas Island, também conhecida como Ilha do Caranguejo,
é tomada por milhões de caranguejos-vermelhos - fenômeno que
atrai centenas de turistas ao local, que tem apenas dois mil
habitantes. O caranguejo-vermelho é uma espécie bastante
encontrada nas Ilhas Christmas e Cocos, no Oceano Índico.
Durante os meses de novembro a janeiro, os bichos invadem as
ruas da ilha formando um tapete vermelho que se locomove
lentamente pelo local. Trata-se de uma migração para a
reprodução e desova - os animais deixam as florestas da ilha
e seguem em direção ao mar.
Sem apresentar riscos às pessoas, os caranguejos não são
considerados como uma praga no local, pelo contrário, no
período em que eles se locomovem pela ilha a polícia proíbe
que carros transitem por algumas vias para que os bichos não
sejam atropelados.
Galo e galinha da ilha de Kauai, no
Havaí
Galo e galinha da ilha de Kauai, no Havaí
A ilha de Kauai, no arquipélago havaiano,
é conhecida por ser o lar de milhares de galinhas selvagens.
No local, as aves são encontradas vivendo livremente e andam
por todos os locais: praias, aeroportos, postos de
combustível e estacionamentos. Por estarem acostumadas com a
presença dos seres humanos, as galinhas selvagens se
adaptaram ao local e não levam problemas aos moradores e
visitantes. A presença das aves na ilha é antiga. Segundo os
historiadores, há mais de mil anos o local é lar das
galinhas selvagens e de diversas espécies de aves. Segundo
os historiadores, há mais de mil anos o local é lar das
galinhas selvagens e de diversas espécies de aves. Elas
chegaram até lá levadas por navegadores polinésios. Essas
aves são protegidas pelas autoridades locais, explicando a
sua superpopulação.
Ilha dos porcos, nas Bahamas
Porcos nadam livremente em Big Major Cay,
nas Bahamas
Entre as várias ilhas das Bahamas
que atraem milhões de turistas todos os anos, com certeza
uma se destaca e não é apenas pela sua beleza, mas também
por sua população de porcos. É isso mesmo. A ilha Big Major
Cay, ou simplesmente Ilha dos Porcos, possui cerca de 40
java porcos, um cruzamento entre o porco doméstico e o
javali, que vivem livremente pelo local. Na ilha há desde
filhote, até animais idosos que podem pesar até 60 quilos.
Como esses animais chegaram até ali é um mistério, mas a
população local conta duas histórias. A primeira é que
marinheiros teriam deixado os animais por lá no início de
uma viagem, para os cozinharem na volta, porém isso não
aconteceu. A segunda é que os animais teriam sido levados
até a ilha por funcionários de hotéis de outras ilhas que
não queriam mais os animais. O convívio dos animais com os
humanos é bem tranquilo. Os porcos estão acostumados a se
alimentarem nas mãos dos turistas, no entanto, alguns
ataques também já foram registrados, mas nada com gravidade.
Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2022/04/16/conheca-a-ilha-das-cobras-e-outros-lugares-dominados-por-bichos.htm
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